Solo
Você faz seu preparo de solo utilizando a eficiência energética?
Como você realiza seu preparo de solo? Seja plantio direto, convencional ou cultivo mínimo, uma coisa é certa: os custos costumam ser grandes. E o que fazer para reduzir esses números com essa operação e obter retornos de produtividade? É aí que entra a eficiência energética, que nesse caso específico falamos do preparar a terra.
Independente da cultura, o produtor deve sempre ter o máximo de conhecimento de cada pedacinho de sua fazenda. Isso pode ser feito por meio de levantamentos de dados, com o objetivo de avaliar e caracterizar o solo. Também se pode traçar um panorama da situação de cada operação com o histórico das áreas e avaliações visuais para definir as zonas de manejo.
Quando se trata de culturas anuais como soja, milho e algodão, o preparo de solo deve acontecer, claro, antes do plantio, sempre levando em consideração as informações e características de cada campo.
Para culturas perenes, o preparo também é realizado anteriormente ao plantio, entretanto com maior atenção, pois, após o plantio de variedades como o café, por exemplo, o agricultor terá dificuldades em realizar qualquer tipo de correção por muitos anos após a área já implantada.
Engana-se quem imagina que o preparo de solo para por aí. Esta etapa também é fundamental para o sucesso da atividade de pecuária, uma vez que a pastagem utilizada para alimentar o gado também é uma cultura que requer atenção aos manejos adotados. Para um pasto de qualidade, deve-se realizar o preparo de solo na implantação da gramínea, que servirá como fonte de alimento. Nesse caso também orientamos para ser realizado na recuperação e reforma de áreas degradadas.
Bom, já deu para perceber que não é uma tarefa simples e é também onerosa. Daí a necessidade e relevância de sempre tentar economizar, diminuir custos, para poder sobrar um pouco mais no bolso. É quando entra nosso assunto lá do título, a eficiência energética da operação. Para melhorá-la nas operações de preparo de solo o produtor deve-se utilizar de levantamentos e informações sobre suas áreas e por meio de critérios técnicos determinar qual é a forma mais eficiente de realizar o manejo para cada área a ser cultivada de sua fazenda. Um talhão é diferente de outro e não pode ser tratado como um todo ou com uma receita de bolo pronta. Além do conhecimento e informações sobre as áreas, é preciso atenção às regulagens de operação do conjunto trator-implemento para que a operação seja realizada da forma mais eficiente, por vezes, gastando menos insumos, combustível, hora trabalhada, entre outros.
A utilização de zonas de manejo, juntamente com uma operação mais eficiente podem ter retornos significativos ao produtor uma vez que o preparo de solo está entre uma das principais despesas na produção agrícola. É fundamental analisar a compactação das áreas individualmente e definir a profundidade de trabalho necessária para cada uma das áreas. Pois quanto maior for a profundidade de descompactação maior será a demanda energética do trator.
A capacitação de seus funcionários é outro ponto bem importante. Seus operadores devem ter preparo técnico para entender a importância de cada operação e o impacto dela na produtividade ao final do ciclo produtivo, ele tem que estar apto para trabalhar com os equipamentos e ter conhecimento de como regular e operá-lo conforme as condições de cada solo. Está vendo como não é como uma receita de bolo? E aí vamos colocar a eficiência energética em prática?!
* Engenheiro Agrônomo e Coordenador no setor de assistência e serviços ao cliente da Piccin Tecnologia Agrícola
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